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06/12/2017 às 09h35 06/12/2017 às 14h04

Beyoncé entrega prêmio para Colin Kaepernick e faz discurso contra racismo

Beyoncé e Colin Kaepernick (Foto: Reprodução/ESPN)

Beyoncé apareceu de surpresa ontem à noite, 5, na cerimônia organizada pela revista Sports Illustrated que premia os atletas do ano nos Estados Unidos.

Na ocasião, a cantora entregou o prêmio Muhammad Ali Legacy Award ao jogador de futebol americano Colin Kaepernick.

"É tão bom estar aqui em uma noite tão especial de reconhecimento. Obrigada, Colin Kaepernick. Obrigada por seu coração generoso e sua convicção. Obrigada pelo seu sacrifício pessoal", agradeceu Beyoncé.

"Colin tomou medidas sem medo de consequência ou repercussão, apenas esperando mudar o mundo para melhor. Para mudar a percepção, mudar a maneira como nos tratamos, especialmente as pessoas de cor", completou a cantora.

"Ainda estamos esperando o mundo entender. Dizem que o racismo está tão enraizado na cultura americana, que, quando protestamos contra ele, algumas pessoas supõem que estamos protestando contra o país", disse Beyoncé.

"Vamos deixar bem claro: Colin sempre foi muito respeitoso com os indivíduos que servem e protegem o nosso país, as nossas comunidades e as nossas famílias. Sua mensagem é centrada exclusivamente na injustiça social para pessoas historicamente desprovidas de liberdade. Não nos equivoquemos."

Beyoncé e Colin Kaepernick (Foto: Reprodução/Beyonce.com)

Em seguida, o jogador subiu ao palco e fez seu discurso: "Eu aceito este prêmio sabendo que o legado de Muhammad Ali é o de um campeão do povo e uma pessoa que era carinhosamente conhecida como o campeão do povo. Eu aceito este prêmio não para mim, mas em nome das pessoas porque se não fosse o meu amor pelas pessoas, eu não teria protestado. E se não fosse pelo apoio das pessoas, não estaria neste palco hoje. Com ou sem a plataforma da NFL, eu continuarei a trabalhar para as pessoas porque a minha plataforma é o povo".

O prêmio Muhammad Ali Legacy é dado ao atleta que usa sua plataforma para promover a mudança.

Em 2016, durante a execução do hino nacional norte-americano antes dos jogos, Colin Kaepernick ajoelhou-se como forma de protesto contra a brutalidade da polícia e desigualdade racial, ganhando apoio de alguns e críticas de outros, inclusive do presidente Donald Trump, que encarou o ato como desrespeito à bandeira americana e aos militares.

Após deixar o time do qual fazia parte no final da temporada, em março deste ano, o jogador continua até hoje sem contrato com outro time. Em outubro, ele abriu uma queixa contra a NFL (Liga Nacional de Futebol) alegando que está sendo boicotado da liga e não consegue outro contrato como forma de punição por seus protestos.

 

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